Lobo Ibérico
· Ao contrário do que se pensa, o lobo não é perigoso para o homem, sendo bem mais verdade o contrário. Durante o século XIX, os lobos eram numerosos em Portugal, estando presentes em praticamente todo o território nacional. Contudo, já no início do século XX era visível o seu declínio e apesar do actual estatuto de conservação do lobo, os estudos até agora realizados sugerem que a sua população continua a diminuir em Portugal. Às causas históricas do seu declínio, como sejam a perseguição directa e a das suas presas selvagens pelo Homem, acrescem, nos últimos anos, as alterações de habitat (devido sobretudo à destruição da floresta). Embora protegido por lei, o lobo é capturado e morto ilegalmente, verificando-se, inclusivamente, o abate de lobitos nas tocas. Isto resulta do facto de o lobo atacar os animais domésticos. De facto, a escassez de presas naturais, provocada pela caça excessiva sobre os cervídeos (mamíferos ruminantes) e pela destruição do seu habitat, leva a que, de facto, os lobos por vezes ataquem os animais domésticos. No entanto, em áreas onde as presas naturais abundam, os prejuízos provocados pelo lobo no gado são quase inexistentes.
· As lobas têm uma ninhada por ano, após um período de gestação de cerca de 2 meses. As crias, entre 3 e sete indivíduos, nascem com os olhos fechados e têm inicialmente necessidade constante dos cuidados maternais. Por volta dos 11 a 15 dias de vida, abrem os olhos, mas só começam a ver relativamente bem já com várias semanas de idade. Nesta fase, as crias têm os seus movimentos bastante limitados, movimentando-se apenas junto à toca e com a progenitora sempre na sua proximidade. Vivem um máximo de 15 anos.
· Estima-se que vivam na Península Ibérica entre 1500 a 2000 lobos.
